Nunca tenha medo de perder se for mostrando a verdade,
porque se isso acontecer, então o que tens nunca te pertenceu, logo, você não perdeu!
Areza Azul
terça-feira, maio 24, 2016
quinta-feira, maio 19, 2016
RETORN ON
Quando a
gente descobre o melhor, lutamos para o alcançar de seguida. Analisamos o
passado, mudamos o presente na certeza de um futuro encantador. Quando a gente
descobre o melhor, mudamos mesmo sem querer (a nossa vida). E passamos a viver
na base de algo maior.
As vezes a
gente vivi uma mentira mas não sabe, porque a mentira só tem fundamento quando
se descobre a verdade. Descobrimos, desejamos mudar e vencer, normalmente, isso
aconteci quando os olhos começam a ver.
“Desculpem
meus amigos, pela ausência. Algum tempo atrás fiz certas descobertas em minha vida
que me meteram perturbado. Eu não “aceito” o motivo que faz as pessoas tirarem
as suas vidas, mas hoje já “entendo”, porque também tentei fazer isso. Eu
fiquei parado e não conseguia me mover, não avançava nem recuava, não ia pra
esquerda nem pra direita, só desejava desaparecer. Mas felizmente tenho
superado, e tenho a certeza que o pior já passou. Tudo isso teve um lado bom:
me converti à Deus. Se não fosse Ele, não sei o que seria de mim. Talvez o teor de muitos dos meus escritos mudará um pouco, fruto do que
friso no primeiro parágrafo”.
Mas ainda assim
peço desculpa, pela minha ausência
Por muito
desejaram a minha comparência
Desculpa
pelos blogs que não visitei
Desculpa
pelas mensagens que não repostei
Desculpa
pela distância que fiz nascer
Desculpa
quando do nada apenas abandonei
Rsrsrsrsrs, tenho
sempre um humor na palma da mão
MAS TUDO
QUANTO ESCREVI, É DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO!
Todas as terças aqui no blog terá nova postagem.
Fiquem ligados. Até mais!
quinta-feira, outubro 15, 2015
PERFÍDIAS
Estacionando o meu
carro, bati a porta de sua casa. Ela abriu de seguida, como se estivesse já a
minha espera.
– Alguma coisa Cleyde? –
De um jeito muito seco e sério, ela me interrogou.
– Mara eu vim pedir
desculpas. Eu me portei mal. – Quando vi que ela nem olhava para mim,
questionei. – Não vais me deixar entrar?
E assim, nos dirigimos
para sala de estar e nos sentamos. Sentia um frio enorme na barriga, mas me
concentrei e continuei.
– Eu me portei de forma
errada, mas prometo que nunca mais irá acontecer…
– Pára Cleyde! Estou
farta desse teu jeito. – Me cortou de seguida. – Eu sempre te falei de prudência,
mas as suspeitas falam sempre mais alto em tua vida. Sempre te apoiei, mas
chegares até ao ponto de dizeres que eu tenho um caso com o teu marido, isso é
demais. – E ela começou a lagrimar. Me sentia agoniada com aquela situação,
peguei a sua mão e puxei-a para mim. Fazia uma resistência, mas depois acabou
cedendo.
– Eu sei que errei
amiga, fui longe demais. Mas estou aqui te pedindo perdão. Isso nunca mais voltará
acontecer, eu prometo. Eu também não sei porquê sou assim, eu preciso da tua
ajuda. Não me despreza numa hora como esta.
E lá ficamos naquele
bate-papo. Pouco depois já estávamos mais calmas. Pedi o telefone dela a fim de
fazer uma chamada. Fui discando número e quando terminei de discar parei,
soltei um sorriso para o nada. Do outro lado alguém atendeu, de seguida
desliguei, levantei e sem dizer mais nada comecei a me dirigir até a porta da
saída. Mara chamava por mim, e tentava impedir os meus passos, mas eu não
ligava as atitudes dela. Subi no meu carro e fui embora.
Naquele dia compreendi que
o mundo está cheio de surpresas, mas não devemos nos espantar ao recebermos elas,
devemos apenas estar preparados para que quando elas vierem não nos assolem
demais. Traições, sempre terão no nosso dia-a-dia.
Já ia me esquecendo, o número que disquei no
telefone da Mara, era o do meu marido. Era meu desejo ligar para ele e
dize-lo que já tinha me entendido com a Mara. Só que quando acabei de discar
o mesmo número, no visor apareceu: “Meu bem”, e quando ele atendeu do outro
lado, a primeira palavra que ele falou foi: “Tudo bem amor”.
sexta-feira, setembro 18, 2015
ELE
A primeira vez que ouvi
falar “dele” já não me lembro com exactidão, apenas sei que ainda era uma
criança. Meus pais viviam falando “dele” em suas histórias, a mim e aos meus
irmãos. Sempre que fosse a escola, meus professores diziam-nos - alunos - que
tínhamos que ter “ele”. Aos domingos na missa, lá estava o padre a falar “dele”
repetidamente. Meu irmão mais velho já era casado, e vivia em nossa casa com
sua mulher, confesso que era um estresse para mim ouvi-los falar “dele” um com
o outro como se fosse nome. Por causa "dele", a minha família alargada
passava os fins-de-semana em casa dos meus avôs - já era uma tradição familiar.
E eu, todos os dias fazia questão de me lembrar "dele" e usa-lo como
os meus parentes, o padre, os meus professores e mais pessoas que me rodeavam usavam.
De repente as coisas
mudaram, e minha (nossa) vida deu uma revira volta tremenda. Minha mãe foi
presa, e na última visita que fiz a ela na cadeia, encontrei o padre lá da
igreja, também estava preso. Meu irmão mais velho deixou a sua mulher. Os
almoços lá em casa dos avôs terminaram, e a família podia passar semanas, meses,
anos sem se ver.
Comigo, ficou a solidão,
o pensamento e as questões: Será que minha mãe tomou a atitude certa, - matar o
meu pai - por descobrir que meu pai a traia com minha tia? Será que meu irmão
foi certo ao deixar sua mulher, porquê não suportaria viver com uma paralítica?
- vítima de um acidente que ele mesmo causou. Será que o padre lá da igreja
agiu bem, quando usufruía as escondidas do dinheiro da igreja? Porquê que minha
tia aceitou ter um romance secreto com meu pai? Porquê que a morte do meu pai
separou uma família por completa? Porquê?!
Cadê o “ele”?! Transportava
muitas questões dentro de mim, e tinha decidido não me doar mais com medo de
saborear mágoas outra vez. Pois em mente, sabia que tudo girava em torno “dele”,
quer bem ou mal.
Tempo foi tempo veio e, meus
olhos se abriram. Num instante a nitidez estava bem em frente de mim.
Permitiu-me assim poder enxergar além, muito mais além do que meus parentes e
próximos puderam enxergar. E vi que podia sim me entregar a “ele”. E com certas
condições me entreguei: Conhecer "ele" em verdade - porque as vezes
confundimos "ele" com emoção, ardor e/ou atracção; Domesticar
"ele" e não deixar "ele" auto se controlar - porque quando "ele"
toma conta de si mesmo, tende a se deformar devido o seu lado selvagem; Viver
"ele" além das minhas palavras, gestos e/ou aparência - pois ele é
muito mais do que tudo isso; E por fim, criar bases sólidas, para que quando
ventos fortes viessem, não derrubassem “ele” - o “amor”!
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